O conceito de arte contemporânea ganha nova roupagem com as novas tecnologias e a Inteligência Artificial (IA) ocupa cada vez mais espaço nas discussões sobre o que é arte e sobre o fazer artístico. E a pergunta fulcral é: onde se situa o limite para o seu uso? Qual seria a fronteira para a intervenção da máquina na obra de arte? Para Julián Fuks, em artigo disponível em leia mais, “a futura perfeição da máquina será a sua maior fraqueza”.

“A controvérsia sobre novas tecnologias de criação de arte não é novidade. Muitos pintores reagiram à invenção da câmera fotográfica, que viam como uma degradação da arte humana. (Charles Baudelaire, poeta e crítico de arte francês do século 19, chamou a fotografia de “o inimigo mortal da arte”.) No século 20, ferramentas de edição digital e programas de desenho por computador foram igualmente rejeitados por puristas, por exigirem muito pouca habilidade de seus colaboradores humanos”. Todavia, como um “fato da vida”, o fenômeno deve ser observado e as suas decorrências sociais e jurídicas analisadas com parcimônia. A obra “Théâtre d’Opéra Spatial”, elaborada por Jason M. Allen com o Midjourney (programa de inteligência artificial que cria imagens a partir de descrições textuais), ganhou, em setembro de 2022, um concurso de arte no Colorado. Na categoria, eram premiados artistas que usavam a tecnologia digital como parte do processo criativo ou como forma de apresentação. Ainda assim, o uso da IA provocou muita discussão entre os artistas concorrentes. Para mais informações, clique nos links abaixo.

 

RAMACIOTTI, Thiago. Inteligência Artificial ganha competição de arte e revolta artistas; entenda

FUKS, Julián. A nova morte do autor, substituído agora pelo cérebro eletrônico

BARTHES, Roland. A morte do Autor.

 

 

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